Segundo o Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Lima (PBH Lima) (Decreto Regulamentar nº 11/2002), a fácies química predominante das águas subterrâneas na bacia, onde os concelhos de Ponte de Lima e Arcos de Valdevez se incluem, é do tipo cloretada sódica e, em vários locais, cloretada sódico-magnesiana ou bicarbonatada magnesiana (Plano de BH Lima, disponível online em http://www.arhnorte.pt/, consultado em 21/04/2011).
Qualidade da água
Existem 3 estações da rede de Qualidade das Águas Subterrâneas (apresentadas no mapa seguinte), disponíveis online em http://snirh.pt, consultado em 17/02/2011 14:39, cujas características gerais são apresentadas nas Tabelas seguintes.
Com base nos dados de 3 estações da rede Qualidade das Águas Subterrâneas representadas na figura seguinte, disponíveis online em http://snirh.pt, consultados em 17/02/2011 14:39, apresenta-se a evolução dos parâmetros pH, temperatura e condutividade.
pH
A Tabela seguinte indica o referencial para o pH segundo o DL 263/98, relativo à qualidade da água. De acordo com esse DL, as águas para consumo humano são classificadas em 3 categorias, de A1 a A3, correspondendo, respectivamente, de adequadas a pouco adequadas, considerando a necessidade e o tipo de tratamento a dar à água, desde menor a maior. Na tabela indicam-se os Valores Máximos Recomendados (VMR)para cada categoria.
Valores de referência de pH de acordo com DL 263/98
|
A1 |
A2 |
A3 |
|
VMR |
VMR |
VMR |
| pH a 25ºC |
6,5-8,5 |
5,5-9,0 |
5,5-9,0 |
Nas Tabelas seguintes apresentam-se os valores do pH disponíveis para as estações 41/N1 e 28/N1 anteriormente referidas. Não são apresentados os dados da estação 28/1 por serem em número demasiado elevado para permitir uma leitura adequada na forma tabular. Estes dados serão unicamente representados graficamente.
Valor de pH na estação 41/N1 em 17/02/2011 14:39
| N.º de Inventário: |
41/N1 |
| Data |
pH campo |
| 12-09-2006 |
5,64 |
Valores de pH na estação 28/N1 em 17/02/2011 14:39
| N.º de Inventário: |
28/1 |
| Data |
pH campo |
pH lab. |
| 12-09-2006 |
6,01 |
|
| 10-04-2007 |
6,51 |
6,2 |
| 10-10-2007 |
6 |
6 |
| 07-04-2008 |
|
5,6 |
| 27-04-2009 |
6,95 |
6,3 |
| 03-11-2009 |
|
6,1 |
| 06-04-2010 |
|
6,1 |
| 12-10-2010 |
|
6 |
Nas Figuras seguintes representam-se os gráficos das séries temporais do pH, nos casos em que existem valores disponíveis na rede mencionada.
Relativamente ao VMR do pH para a categoria A1 (6,5 a 8,5) prevista no DL 263/98, verifica-se a predominância de valores inferiores aos recomendados na maioria das observações efectuadas nos diferentes pontos de água.
Segundo o PBH Lima, o reduzido valor de pH constitui o problema mais generalizado face aos limites dos parâmetros fixados legalmente para a água para consumo humano. Porém, estes valores são inerentes à natureza das formações geológicas presentes na região(Plano de BH Lima, disponível online em http://www.arhnorte.pt/, consultado em 21/04/2011).
Temperatura
A Tabela seguinte indica o referencial para a temperatura segundo o DL 263/98, relativo à qualidade da água. De acordo com esse DL, as águas para consumo humano são classificadas em 3 categorias, de A1 a A3, correspondendo, respectivamente, de adequadas a pouco adequadas, considerando a necessidade e o tipo de tratamento a dar à água, desde menor a maior. Na tabela indicam-se os Valores Máximos Recomendados (VMR) e os Valores Máximos Admissíveis (VMA) para cada categoria.
Valores de referência da temperatura de acordo com DL 263/98
| Parâmetros |
Expressão dos resultados |
A1 |
A2 |
A3 |
| VMR |
VMA |
VMR |
VMA |
VMR |
VMA |
| Temperatura |
ºC |
22 |
(0)25 |
22 |
(0)25 |
22 |
(0)25 |
(O) Os limites podem ser excedidos em caso de condições geográficas ou meteorológicas excepcionais (n.o 1 do artigo 10.o)
Na Tabela seguinte apresentam-se os valores da temperatura disponíveis para a estação 28/N1 anteriormente referida. Não são apresentados os dados da estação 28/1 por serem em número demasiado elevado para permitir uma leitura adequada na forma tabular. Estes dados serão unicamente representados graficamente. Não existem dados para a temperatura na estação 41/N1.
Valores da temperatura na estação 28/N1 em 17/02/2011 às 14:39
| N.º de Inventário: |
28/1 |
| Data |
Temperatura da amostra (°C) |
| 10-04-2007 |
15 |
| 10-10-2007 |
16 |
| 07-04-2008 |
13 |
| 27-04-2009 |
14 |
| 03-11-2009 |
18 |
| 06-04-2010 |
12 |
| 12-10-2010 |
18 |
Nas Figuras seguintes representam-se os gráficos das séries temporais da temperatura, nos casos em que existem valores disponíveis na rede mencionada.Relativamente ao VMR da temperatura para a categoria A1 (22 a 25 º C) prevista no DL 263/98, verifica-se a predominância de valores inferiores aos recomendados na quase totalidade das observações efectuadas nos diferentes pontos de água.
Condutividade
A Tabela seguinte indica o referencial para a condutividade segundo o DL 263/98, relativo à qualidade da água. De acordo com esse DL, as águas para consumo humano são classificadas em 3 categorias, de A1 a A3, correspondendo, respectivamente, de adequadas a pouco adequadas, considerando a necessidade e o tipo de tratamento a dar à água, desde menor a maior. Na tabela indicam-se os Valores Máximos Recomendados (VMR) e os Valores Máximos Admissíveis (VMA) para cada categoria.
Valores de referência da condutividade de acordo com DL 263/98
| Parâmetros |
Expressão dos resultados |
A1 |
A2 |
A3 |
| VMR |
VMR |
VMR |
| Condutividade |
mS/cm a 20ºC |
1000 |
1000 |
1000 |
Nas Tabelas seguintes apresentam-se os valores da condutividade disponíveis para as estações 41/N1 e 28/N1 anteriormente referidas. Não são apresentados os dados da estação 28/1 por serem em número demasiado elevado para permitir uma leitura adequada na forma tabular. Estes dados serão unicamente representados graficamente.
Valor de condutividade na estação 41/N1 disponível em 17/02/2011 14:39
| N.º de Inventário: |
41/N1 |
| Data |
Condutividade de campo a 20ºC (uS/cm) |
| 12-09-2006 |
65,00 |
Valores da condutividade na estação 28/N1 disponíveis em 17/02/2011 às 14:39
| N.º de Inventário: |
28/1 |
| Data |
Condutividade (uS/cm) |
Condutividade de campo a 20ºC (uS/cm) |
Condutividade de laboratório a 20ºC (uS/cm) |
| 12-09-2006 |
|
44 |
|
| 10-04-2007 |
54 |
|
|
| 10-10-2007 |
|
|
50 |
| 07-04-2008 |
|
|
42 |
| 27-04-2009 |
|
|
44 |
| 06-04-2010 |
|
40 |
|
| 12-10-2010 |
|
43 |
|
Nas Figuras seguintes representam-se os gráficos das séries temporais da condutividade, nos casos em que existem valores disponíveis na rede mencionada.
Relativamente ao VMR da condutividade para a categoria A1 (1000 mS/cm, 20oC) prevista no DL 263/98, verifica-se a predominância de valores inferiores aos recomendados na maioria das observações efectuadas nos diferentes pontos de água, indicando uma boa qualidade dos pontos de água relativamente a este parâmetro (indicativo da salinidade)
Dureza
Não existindo dados que permitam determinar este parâmetro refere-se que segundo Paradela, 1988, a dureza total da denominada Província Norte, limitada, grosseiramente, pelo rio Tejo a sul, com exclusão da faixa oeste entre o curso final do rio Tejo e o sul do Porto, é geralmente igual ou inferior a 50 mg/l, expressa em CaCO3, podendo estas águas classificar-se como macias. (Paradela, P. L. Portugal. Atlas do Ambiente. Notícia Explicativa I.16.1 a I.16.4. Qualidade Química das Águas Subterrâneas. Direcção-Geral dos Recursos Naturais. Lisboa, 1988)
Bibliografia
Decreto Regulamentar nº 11/2002. Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Lima. Diário da República, I Série-B: 1941-2009.
SNIRH: Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos [on line]. http://snirh.pt/