Percurso do Rio Tinto
O rio Tinto inclui-se na tipologia de “Rios do Norte de pequena dimensão), nasce no lugar de “Montes da Costa”, freguesia de Ermesinde, Concelho de Valongo, a uma altitude próxima dos 200 metros e é o último afluente da margem direita do rio Douro, desaguando na zona do Freixo, freguesia de Campanhã, Concelho do Porto.
Durante vários séculos o rio Tinto foi um importante recurso natural, tendo a qualidade da sua água e o bom estado de conservação das suas margens sido motivo de fixação de pequenos povoados medievais. Estes, através de pequenos moinhos de rodízio ou azenhas, aproveitavam a força motriz da água que corria em direção ao Douro. Nas últimas décadas, parte do património natural e edificado constituinte da bacia hidrográfica do rio Tinto foi-se degradando, essencialmente devido à elevada pressão urbanística e à poluição a que foi sujeito.
A bacia hidrográfica do rio Tinto tem uma área de aproximadamente 23,5 km2 e o curso de água cerca de 11,4 km de comprimento. A bacia abrange os Concelhos de Valongo, Gondomar, Maia e Porto.
Geologicamente, a bacia do rio Tinto é fundamentalmente dominada por rochas graníticas que ocupam grande parte da zona central e ocidental da bacia. Nas periferias da zona granítica existem rochas do complexo xisto-grauváquico ante-ordovício. Ao longo das margens do rio encontram-se depósitos mais recentes sob a forma de terraços fluviais e depósitos argilosos de fundo do vale.
O rio Tinto caracteriza-se pela forte atividade humana, com utilização do solo marginal ao longo de praticamente todo o seu percurso. São exemplos, os campos agrícolas nas margens do rio, as habitações construídas no leito de cheia do rio, a existência de algumas ligações indevidas que descarregam diretamente no rio e o consequente nível de poluição da água do Rio Tinto. Evidentemente estes aspetos arrastam consequências nefastas para a população e para o próprio ecossistema ribeirinho.